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CREAS, Conselho Tutelar e Polícia Militar realizam ação conjunta de abordagem de imigrantes venezuelanos em Patos de Minas

A maior preocupação das autoridades é o uso das crianças pelos adultos na mendicância

O Centro de Referência a Assistência Social (CREAS), com o apoio do Conselho Tutelar e da Polícia Militar, realizaram na manhã desta quarta-feira (07/12) uma operação conjunta para abordar imigrantes venezuelanos que realizam mendicância em Patos de Minas. A ação visa a conscientização destes estrangeiros. Os órgãos competentes pedem ajuda à população patense para que não dê esmolas.

A coordenadora do CREAS, Alessandra Ávila, explicou que o objetivo é sensibilizar estes imigrantes que eles não podem estar nestes espaços públicos. Alguns chegam a levar crianças para sensibilizar a população nos semáforos. Durante a ação, os assistentes sociais informaram sobre os benefícios disponíveis para o imigrantes.

Alessandra pede para que a população não doe dinheiro aos pedintes. Ela ressaltou que o município de Patos de Minas está com várias oportunidades de trabalho e o CREAS pode auxiliar os imigrantes na regularização. Assim, eles podem se sustentar através do próprio trabalho.

Atualmente, segundo dados do CREAS, existem cerca de 30 imigrantes venezuelanos em Patos de Minas, entre adultos e crianças. A maior preocupação são as crianças usadas pelos adultos na mendicância.

A conselheira tutelar, Valéria Elias, informou que o direito das crianças está sendo violado. Ela explicou que menores de idade não podem ser usados para pedir esmolas ou serem expostos durante a mendicância.

Os imigrantes que estão em Patos de Minas consideram a mendicância como um trabalho. O Conselho Tutelar orienta que os venezuelanos não levem estas crianças para as ruas. A opção é enviarem para creches ou deixar com um adulto responsável.

Valéria também pediu que a população não dê esmolas, seja moedas ou comida. Ela pede para que as doações sejam destinadas à instituições de caridade como Casa da Acolhida, Casa das Meninas, etc.

A Polícia Militar deu apoio aos órgãos competentes. A sargento Poliana informou que não existe o interesse de tirar estes imigrantes da cidade, mas eles devem cumprir a lei, principalmente resgatar o direito das crianças.

Durante a ação, um homem e duas mulheres foram abordadas pelos policiais. O casal foi orientado quanto aos direitos e deveres. Já uma adolescente, que pedia dinheiro na Avenida Paranaíba, foi orientada a parar o serviço e voltar para o local onde está hospedada.

Fonte: Igor Nunes

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