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Diretor de documentários de Patos de Minas tem curta-metragem sobre aldeia indígena premiado em Mostra de Cinema; confira o vídeo

Em entrevista, o documentarista relata sua experiência durante o processo de gravação e edição de Mesenai
Foto: arquivo pessoal Guilherme Faria

Nos dias 8 e 9 de outubro, foi realizada a 5ª edição da Mostra de Cinema de Fama (2022). Na ocasião, dentre as produções audiovisuais apresentadas, Mesenai recebeu a premiação de melhor filme da mostra mineira. O curta-metragem, de quase sete minutos, foi todo produzido pelo fotógrafo e diretor de documentários patense Guilherme Faria.

O documentarista concedeu uma entrevista ao departamento de jornalismo do Sistema Clube e relatou sua experiência durante esse trabalho que foi desenvolvido na Aldeia Yawarany (Yawanawa), situada no município de Tarauacá, região noroeste do estado do Acre.

“Mesenai é um curta-metragem feito em uma aldeia indígena no Acre. Ele trata sobre a cultura desse povo e mostra um pouco das suas tradições. Através de entrevistas com algumas das lideranças, a gente pode ouvir um pouco da mensagem que esse povo tem para passar e, através das imagens, podemos ver como funcionam os seus rituais”, explica Guilherme.

O fotógrafo também fala sobre a busca por maior entendimento sobre si próprio e sobre “o que é ser humano”, na qual culturas e crenças ancestrais poderiam ajudar, o que o levou até essa tribo.

Guilherme afirma que conheceu a aldeia por meio de uma plataforma de voluntariado, em que teve contato com uma guia turística que precisava de alguém para fazer registros do lugar, que é também um “retiro espiritual”. Dessa forma, sem nenhum contato prévio com os indígenas da tribo e sem uma equipe de apoio, o documentarista passou 10 dias se aprofundando na cultura do povo local e fazendo os registros.

Após esses 10 dias de gravações e mais oito meses de edição, Guilherme enfim finalizou o documentário “Mesenai – Aldeia Yawatany”, que está disponível no YouTube, confira:

Guilherme Faria conta que passou por muitas dificuldades durante o processo de produção, tais como: a longa viagem até a aldeia; lidar sozinho com o equipamento; energia elétrica limitada na aldeia; e os critérios do que incluir e o que deixar de fora durante a edição, transformando horas de material gravado em menos de sete minutos de documentário.

“Agora, nesse momento, é só alegria”, declara sobre o resultado final e a premiação do trabalho na Mostra de Cinema de Fama. “Mas antes dele ficar pronto e de receber qualquer reconhecimento, era um processo bem ingrato”, afirma Guilherme, destacando o impacto e o incentivo que a premiação e o feedback positivo representaram para que ele dê continuidade à série documental da qual Mesenai deve ser o episódio piloto.

Para dar início a esse projeto da série, Guilherme abriu um financiamento coletivo pelo site Apoia.se. Com esse suporte financeiro, o documentarista pretende passar mais tempo na aldeia. “A missão é resgatar e fortalecer a cultura e costumes ancestrais dos povos originários e criar um ambiente de reafirmação da cultura indígena brasileira”, justifica.

Confira a entrevista na íntegra:

Conversa com Guilherme Faria, sobre sua produção audiovisual Mesenai. Por: Amanda Marques
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