O pico da chuva de meteoros Líridas ocorreu na madrugada da última quinta-feira (21) e da sexta-feira (22). O fenômeno produziu aproximadamente a queda de até 15 bólidos por hora.
Todos os anos, desde 1861, a Terra é presenteada pelo fenômeno. A chuva Líridas é formada por pó e detritos que se desprenderam do cometa Thatcher, que passa pela órbita terrestre uma vez a cada 415 anos.
Quando ingressam na Terra, os detritos se queimam devido ao atrito e surgem no céu na forma das chamadas estrelas cadentes. Os meteoros são vaporizados e desaparecem no ar antes de atingirem o solo. Em 1982, por exemplo, observadores norte-americanos confirmaram a queda de quase 100 meteoros relacionados à Líridas por hora, foi o chamado outburst, uma hiperatividade momentânea de fluxo de meteoros entrando na atmosfera. Os astrônomos calculam que a trilha de meteoróides será renovada quando o Thatcher passar novamente perto da Terra, daqui a 200 anos.
Em Patos de Minas apesar de céu parcialmente nublado nas madrugadas dos dias 21 e 22 de abril foram registrados nas 6 câmeras do observatório IDS, cerca de 30 meteoros.
De acordo com Ivan Soares do Observatório IDS, a chuva é considerada de média intensidade, mas os meteoros são brilhantes. O melhor horário para observação é nas madrugadas de céu claro, especialmente entre 3h e 5h. Para isso, basta procurar um local livre de poluição luminosa e de nebulosidade, como as áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos. Não se deve usar iluminação artificial, pois ela atrapalhará a visão no escuro. No caso da chuva Líridas, os meteoros irradiam da constelação de Lira, mas podem ser vistos em qualquer parte do céu. Para localizar a constelação, a sugestão é usar aplicativos, como Sky View e Carta Celeste, entre outros.
Fotos, vídeos e informações: Observatório IDS