Época do ano considerada propícia para empinar pipas devido ao clima seco e ventos fortes, o inverno causa preocupação também por essa prática, que pode causar prejuízos e acidentes graves se a brincadeira acontecer perto da rede elétrica.
Nesta última semana, a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) divulgou que, somente nos seis primeiros meses de 2023, foram registrados aproximadamente 960 ocorrências com a rede elétrica causadas por pipas, que prejudicaram cerca de 276 mil clientes em todo o Estado.
Em Patos de Minas, no último ano, duas ocorrências que interromperam o sistema de fornecimento de energia para 127 clientes. Já nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, no mesmo período, foram 221 incidentes que afetaram 36.622 clientes.
Para o gerente de Segurança do Trabalho da Cemig, Lauro Fernando Ribeiro, a brincadeira de soltar pipas não deve ser realizada em áreas urbanas. De acordo com o especialista, a atividade deve ser praticada em áreas abertas, distantes da rede de distribuição da companhia e nunca com a utilização de cerol ou qualquer linha cortante.
Lauro Ribeiro ressalta ainda que nunca se deve tentar resgatar pipas presas na rede elétrica, pois o risco de acidentes é muito grande, devido à possibilidade de choque e queda.
Uso de linhas cortantes é proibido por lei
A lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no Estado. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019.
A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 3.590 a R$ 179 mil (em casos de reincidência). Já quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais são notificados da autuação e o caso é comunicado ao Conselho Tutelar.